sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Capitulo Dois - Sua Obra

Capítulo Dois - Sua Obra


Bruno quase nunca trabalha. Ele deixa que Vera, sua mulher,

sustente a família enquanto ele persegue os seus sonhos. O

problema é que Vera não está contente em carregar todo o peso do

sustento da família indefinidamente e Bruno vem correndo atrás do

seu sonho há dezessete anos, com nada útil para mostrar todo esse

tempo. Creio que a raiz da inatividade de Bruno é o medo. Se não

obtiver o trabalho ideal, teme acabar num emprego que odeia e ficar

preso a ele para sempre.

Estêvão está se matando de tanto trabalhar. Não descansa

nem goza o sucesso dos seus esforços. E raro passar algum tempo

com a família, e seus filhos adolescentes estão se aproximando

rapidamente da idade adulta. Ele não trabalha assim porque precisa,

mas porque tem medo. Se parar, teme ser desvalorizado por todos,

inclusive os seus.

Esses são exemplos extremos de como um homem pode

relacionar-se com o seu trabalho. De um lado está a preguiça - evitar

o trabalho por egoísmo, medo, falta de confiança, depressão ou

medo do futuro. Deus diz o seguinte a respeito dos preguiçosos:

"Como a porta se revolve nos seus gonzos, assim o

preguiçoso no seu leito" (Pv 26.14).

"E a sonolência vestirá de trapos o homem" (Pv 23.21).

"O caminho do preguiçoso é como que cercado de espinhos"

(Pv 15.19).

"O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos

recusam trabalhar" (Pv 21.25).

Em outras palavras, o preguiçoso nunca vai a lugar algum,

jamais terá algo, a estrada à sua frente é árdua e no final irá destruílo.

O extremo oposto é o excesso e a obsessão pelo trabalho,

afastando-se de tudo, sem valorizar a vida. Do viciado em trabalho

Deus diz:

"Tal é a sorte de todo ganancioso; e este espírito de ganância

tira a vida de quem o possui" (Pv 1.19).

"Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos,

como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que

tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia

debaixo do sol" (Ec 2.11).

Em outras palavras, o excesso de trabalho é extenuante e

sem sentido.

Nenhum desses extremos promove a felicidade e a satisfação.

Só um equilíbrio perfeito entre ambos, que Deus pode ajudar o

homem a descobrir, trará essa qualidade de vida.

O que faz o homem ir para um desses extremos pode ser

estranhamente a mesma razão: medo. Isso acontece porque em

geral a identidade do homem está ligada ao seu trabalho. Ele precisa

ser valorizado e precisa vencer, e o seu trabalho é geralmente um

meio de conseguir essas coisas. Ele se amedronta ao pensar que

talvez não consiga obter nenhuma delas. Se estiver desenvolvendo

uma função que o diminua, ele se sentirá desvalorizado como

pessoa. Se não for bem-sucedido, irá sentir-se um perdedor.

Deus reconhece que o trabalho é uma fonte de satisfação

para o homem e diz que não há nada melhor para ele do que

"desfrutar o bem de todo o seu trabalho" - esse é um dom de Deus

(Ec 3.13). O fato de muitos homens não estarem satisfeitos no

emprego tem menos a ver com o seu trabalho do que com o fato de

terem ou não um sentido de propósito.

O homem que não tem um propósito pode eventualmente

chegar a um ponto em que venha a constatar que trabalhou dura e

longamente por uma recompensa tão pequena que não consegue

mais visualizar um futuro para si mesmo - pelo menos um pelo qual

valha a pena viver. Se, aliado a isso, surgir em seu horizonte o

espectro da idade avançada, ele poderá vir a pensar: — Você não

tem mais valor para ninguém. Você é substituível. Você não pode

mais fazer o que costumava. Você é velho demais para aprender.

Você não possui os quesitos necessários. Você não tem um objetivo.

— Chegar a este ponto é perigoso para o homem.

Geraldo, seu pai e seu avô tinham dificuldades para ganhar o

seu sustento. De fato, passaram-se muitos anos antes que cada um

deles resolvesse o que deveriam fazer. Eles foram de emprego em

emprego, sem qualquer orientação clara. Lutaram financeiramente.

Nenhum deles tinha pais que orassem a seu favor, a fim de que os

seus dons e talentos fossem revelados, para que conhecessem o

chamado de Deus para as suas vidas, para que as portas se

abrissem e se tornassem tudo que foram criados para ser. Sem a

intervenção de Deus, a história tende a repetir-se.

Tenho observado que as pessoas cujos pais oram constantemente

parecem definir suas carreiras mais cedo. Talvez ela não

decole imediatamente, mas essas pessoas têm um senso de

propósito e de futuro que as impele na direção certa. São indivíduos

que não vivem frustrados e sem rumo como os outros.

Embora muitos pais tenham uma agenda para seus filhos,

nem todos os filhos buscam o plano de Deus para a sua vida. Se

deixada ao acaso, a vida da criança pode resultar na falta de

vocação para qualquer coisa. Ela vacila, se decepciona, duvida e se

desespera enquanto tenta abrir um caminho para si mesma. Se os

pais de seu marido não oravam por ele, as suas orações poderão

preencher essa lacuna e mudar a vida dele. Ore para que Deus

mostre a ele o que fazer e para onde se dirigir.

As suas orações podem ajudá-lo a sentir-se apreciado e

encorajado o suficiente para reconhecer seu valor, não importa o que

ele faça. Você pode muni-lo de segurança no sentido de que Deus

lhe concedeu dons específicos de habilidade e talento e tem algo

bom para ele logo adiante. Ore então para que Deus revele essas

coisas e abra a porta da oportunidade que homem algum pode

fechar. As suas orações podem calçar o caminho para ele.

Mesmo que seu marido já seja bem-sucedido na profissão

que escolheu, é bom orar para que ele esteja onde Deus deseja e

para que tudo continue correndo bem. Meu marido, que é compositor

e produtor de discos, disse haver sentido que as minhas orações o

impediram de trabalhar com os clientes errados. Ele jamais trabalhou

com ninguém difícil, estranho, maldoso ou inadequado, o que é nada

menos que um milagre no seu ramo. Ele sabia que eu sempre orava

para que Deus o guiasse para as pessoas certas e tirasse do seu

caminho os que pudessem causar problemas. Embora as nossas

orações não possam garantir uma estrada livre de tropeços para

nossos maridos, elas podem certamente afastá-los de muitas

dificuldades.

Se o seu marido trabalha muito, faça com que tenha períodos

de descanso e distração - para fazer coisas que o entretenham e o

aliviem do peso de uma vida inteira a serviço da família. Os homens

precisam descansar; caso contrário, tenderão a ficar estressados e a

ceder a tentações de todos os tipos. As suas orações podem também

ajudar seu marido a compreender que o verdadeiro sentido da vida

não está no trabalho, mas em seguir a Deus. Vamos orar para que

nossos maridos encontrem esse equilíbrio perfeito.

Oração

Senhor, oro para que abençoe o trabalho de meu

marido. Que o seu esforço não só traga benefícios, sucesso

e prosperidade, mas também grande satisfação. Se o

trabalho que ele está desenvolvendo não estiver de acordo

com a perfeita vontade do Senhor para a vida dele, deixelhe

isso claro. Mostre-lhe o que ele deve fazer de modo

diferente e guie-o no caminho certo.

Dê-lhe força, fé e uma visão do futuro, a fim de que

possa superar qualquer tendência para a preguiça. Que ele

nunca fuja do trabalho por medo, egoísmo ou desejo de

evitar a responsabilidade. Por outro lado, ajude-o a ver que

não deve trabalhar exageradamente para obter a aprovação

dos homens, ou cobiçar um ganho superior àquilo que é um

dom do Senhor.

Dê-lhe a capacidade de gozar o seu sucesso sem se

exceder para receber mais. Ajude-o a alcançar a excelência,

mas livre-o da pressão nesse sentido.

Oro para que o Senhor dirija seus atos e que ele

possa colocar o Senhor em cada aspecto de seu trabalho.

Dê a ele confiança suficiente nos dons que recebeu para

que possa buscar, encontrar e fazer um bom trabalho. Abralhe

as portas da oportunidade que homem algum pode

fechar. Desenvolva as suas habilidades de modo a

aperfeiçoá-las a cada ano. Mostre-me o que posso fazer

para encorajá-lo.

Oro para que o seu trabalho seja estável, seguro,

bem-sucedido, satisfatório e financeiramente compensador.

Que ele "não seja remisso no zelo; mas fervoroso de

espírito, servindo ao Senhor" (Rm 12.11).

Que seja como a árvore plantada junto às águas da

vida do Senhor, que produz fruto na estação apropriada.

Que ele nunca desanime sob pressão, mas cresça forte e

próspero (Sl 1.3).

Instrumentos de Poder

Vês a um homem perito na sua obra? perante reis será posto; e

não entre a plebe.

Pv 22.29

Não te fatigues para seres rico; não apliques nisso a tua

inteligência. Porventura fitarás os teus olhos naquilo que não é

nada? pois certamente a riqueza fará para si asas, como a

águia que voa pelos céus.

Pv 23.4,5

Pois, que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e

perder a sua alma? ou que dará o homem em troca da sua

alma?

Mt 16.26

Pela muita preguiça desaba o teto, e pela frouxidão das mãos

goteja a casa.

Ec 10.18

Seja sobre nós a graça do Senhor nosso Deus; confirma sobre

nós as obras de nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas

mãos.

Sl 90.17

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